
Os dias vão passando e não vejo as coisas acontecerem...
Às vezes me pego procurando o paradeiro de toda minha coragem.
O (ainda) marido diz que só assina a separação depois de vendermos a casa.
Não sei até que ponto isso fará bem a ele, pois o que noto é que ele quer ter a sensação de que é ele quem dá as cartas, e que dessa forma as coisas só se decidirão quando ele disser que vão.
É uma falsa sensação de propriedade sobre mim.
Acredito que o temor maior em me dar a separação ainda morando sob o mesmo teto é, de repente, saber que estou bem emocionalmente e "disponível no mercado".
Não o desreipeitaria... Acho que ele até sabe disso, mas o orgulho de macho dele não compreende.
E acabo vendo a vida passar diante dos meus olhos, e perco oportunidades.
Outro dia, uma pessoa que fez parte da minha vida um belo dia lá no passado, reapareceu das cinzas.
Só conversas por email, telefone... Enfim... Apesar de não ser uma pessoa com a qual eu vá me relacionar, foi alguém que me causou um estalo: "Ops! Eu to viva! Preciso resolver minha situação!"
Não quero ser desonesta, mas sou de carne e osso.
Carne, osso e franqueza.
Estou tentando acabar esse casamento, exatamente, há um ano e meio.
Não sou de ferro.
Admito que essa pessoa mexeu comigo lá no passado, e que agora também me arrepiou a espinha.
Não... Não tô investindo nisso não... Mas isso me mostrou que as coisas podem acontecer sim.
E quem poderá me cobrar satisfações depois?
Ai... Como as pessoas complicam as relações...
Até mais...