terça-feira, 10 de novembro de 2009

ELE QUER O CONTROLE




Os dias vão passando e não vejo as coisas acontecerem...
Às vezes me pego procurando o paradeiro de toda minha coragem.
O (ainda) marido diz que só assina a separação depois de vendermos a casa.
Não sei até que ponto isso fará bem a ele, pois o que noto é que ele quer ter a sensação de que é ele quem dá as cartas, e que dessa forma as coisas só se decidirão quando ele disser que vão.
É uma falsa sensação de propriedade sobre mim.
Acredito que o temor maior em me dar a separação ainda morando sob o mesmo teto é, de repente, saber que estou bem emocionalmente e "disponível no mercado".
Não o desreipeitaria... Acho que ele até sabe disso, mas o orgulho de macho dele não compreende.
E acabo vendo a vida passar diante dos meus olhos, e perco oportunidades.
Outro dia, uma pessoa que fez parte da minha vida um belo dia lá no passado, reapareceu das cinzas.
Só conversas por email, telefone... Enfim... Apesar de não ser uma pessoa com a qual eu vá me relacionar, foi alguém que me causou um estalo: "Ops! Eu to viva! Preciso resolver minha situação!"
Não quero ser desonesta, mas sou de carne e osso.
Carne, osso e franqueza.
Estou tentando acabar esse casamento, exatamente, há um ano e meio.
Não sou de ferro.
Admito que essa pessoa mexeu comigo lá no passado, e que agora também me arrepiou a espinha.
Não... Não tô investindo nisso não... Mas isso me mostrou que as coisas podem acontecer sim.
E quem poderá me cobrar satisfações depois?
Ai... Como as pessoas complicam as relações...
Até mais...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

VAGABUNDA SEM CARÁTER

E sabem de uma coisa?
Cansei...
EU CANSEI!!!
Semana passada, numa daquelas conversas com intenção clara de "vamos resolver logo essa situação", acabou se iniciando uma guerra de "elogios" por aqui.
Mais ou menos assim:

ELE: -É sempre tudo do jeito que você quer mesmo!

EU: - Marido, eu não te amo mais, não dá pra ser de outro jeito. Não posso continuar casada com você, não tô mais feliz. O que você quer? Que eu continue empurrando isso aqui com a barriga?

ELE: O que eu quero? Quero que você vá pra puta que pariu, vá tomar no seu cu, porque pra mim você não passa de uma vagabunda sem caráter...


E assim, o que era pra ser uma conversa civilizada, acabou se transformando num bombardeio de ofensas.
Confesso que, mesmo tendo se passado uma semana dessa briga, ainda to tentando entender o porque de ter sido chamada de vagabunda sem caráter.
Dizem que quem não é bom com os argumentos, recorre aos xingamentos pra se sentir com a alma lavada.
Vai ver é isso mesmo...
Vou me livrar disso logo, sou a esperança em pessoa!
Torçam por mim...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DOIS MESES DEPOIS...

Há dois meses não escrevo nada aqui.
Nesse período, tomei algumas decisões que não sei se foram as mais acertadas, mas que me pareceram, num primeiro momento, as mais coerentes diante da situação.
Me vejo numa situação onde não é possível, como é para muitos casais que se separam, conviver sob o mesmo teto até que a questão da venda da casa seja resolvida, uma vez que nenhum de nós tem outro lugar pra morar.
Infelizmente, não posso contar com a minha mãe, que apesar de estar bem "vivinha da silva", é mãe de uma filha só (a minha irmã).
Outro dia estava lendo um email que ela mandou pra uma amiga falando sobre a minha situação conjugal, onde entre relatos inconvenientes, disse à amiga : "Ah, mas isso aí da separação é problema dela, só dela".
Então, já sei que não posso contar com ela.
Bom, meu marido não aceita a separação, me acusa de um monte de coisas e tal.
A questão é que, não bastasse essas acusações à mim, ele parte pro "ataque às crianças".
Não, não são ataques físicos.
Pior!
Ele simplesmente bombardeia aquelas cabecinhas com choros e lamentações.
Quando decidi por me separar, conversei com as crianças e expliquei que o amor tinha acabado, mas que nem eu e nem o pai deles tinha feito nada de errado. Simplesmente não sentia mais vontade de estar ao lado dele, apesar de ter sido bem feliz com ele por um bom tempo.
Falei que o pai continuaria sendo pai como sempre foi, que eu não queria hostilidade aqui dentro de casa e nem que as crianças tomassem partido da situação.
Isso foi conversado com duas crianças de 13 e 11 anos. Possuem maturidade pra entender isso, e assim o fizeram.
Porém, o pai, ficou devendo na maturidade.
Passou a chorar o tempo todo pelos cantos, se fez ausente da vida deles e, pior, esperava eu estar longe das crianças pra encher a cabeça delas de "minhocas": que eu não podia largar dele, que ele ia morrer longe de mim, que nao aguentaria ficar longe dos filhos... bla... bla... bla...
Sei que ele está sofrendo com tudo isso, mas que fique claro que jamais pensei em deixá-lo afastado dos filhos, ao contrário, eu exijo que ele seja próximo e participante. Claro que teremos uma rotina reorganizada, mas estou absolutamente disposta a tê-lo comigo na educação dos filhos.
Ele não aceita.
Ele acha que eu tenho que arrumar minhas malas e ir embora, largando as crianças com ele sob a alegação de que a insatisfeita com o casamento sou eu.
Então, cansada de tantos escândalos e dramas aqui, e zelando pela sanidade mental das crianças, parei de falar em separação.
Não, não desisti.
Congelei o assunto até tomar um novo fôlego.
Preciso me organizar direitinho antes de retomar esse assunto.
Viver sob o mesmo teto não será mais possível quando esse assunto ressurgir, portanto, devo ter um "planoB" em mente.
Enquanto isso não acontece, tenho a sensação de que a minha vida está passando diante de mim e que sou mera espectadora.
Espero, em breve, conseguir novamente um papel de destaque nessa minha vida, que ultimamente tem andado tão sem graça...


quarta-feira, 15 de julho de 2009

O QUE ME IMPORTA?




Entre muitos desaforos e absurdos que ouvi dele essa semana, num gesto desesperado de tentar entender e justificar o injustificável, ouvi isso:

"ME ARREPENDO, DO FUNDO DO CORAÇÃO, POR TER TE CONHECIDO, TER FICADO E ACREDITADO EM VOCÊ, ATE MESMO TER TIDO FILHOS COM VC ..."

No mais, me chamou de volúvel, sem caráter e traidora... Tudo isso porque quero a separação.

Não tenho outro, não o traí, não menti.

Tô chegando naquele ponto onde penso em parar de considerar o sentimento do outro para considerar apenas o meu.





sábado, 4 de julho de 2009

UM MOMENTO DE TRÉGUA



Essa semana ele começou a trabalhar.

Notei que ele tentou deixar o clima mais ameno por aqui.

Falou comigo algumas vezes, e vi em seus olhos a vontade de pedir que eu desista.

Não o fez.

Eu agradeço por isso!

Ainda há pouco saiu pra trabalhar.

Não se conteve, veio me dar um beijo de despedida.

Me beijou no rosto e me cheirou como se cheira uma roupa de alguém que a gente sente falta.

Entendi como um pedido silencioso: "volte a dormir comigo, vamos deixar essa coisa de separação pra lá, vai ser tudo diferente..."

Entendi, apenas.

Retribuí o afago com outro pedido no abraço: "fique bem, a gente pode enfrentar isso e sobreviver, não precisamos nos hostilizar o tempo todo..."

E assim, ele foi.

sábado, 27 de junho de 2009

TÃO SIMPLES...

Não entendo...

Homens são bichos estranhos mesmo.

Sabe quando a gente ouve falar da separação de amigos, e depois fica sabendo que um dos dois tinha outra pessoa?

Os nossos homens mostram indignação: se foi a mulher que traiu, ela é uma vaca; se foi o homem, ele é um trouxa (por ter sido descoberto).

Aí, quando o problema da vez é contigo,e você decide pela separação, segue um diálogo mais ou menos assim:

- Você tem outro?

- Não, não tenho.

- Mas tá apaixonada por alguém?

- Não, não tô.

- Não é possível! Então por que diabos quer se separar?

- Porque não tô feliz, não te amo mais!

-Ah... você tem outro e não quer me contar!!!

Tão simples seria se eles acreditassem na gente...

Mas a vontade que eles têm de nos transformar em “vacas” da situação os impedem de raciocinar e perceber que, às vezes, as coisas são bem simples.

E pronto.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

NENHUMA PALAVRA

Há dez dias, aproximadamente, não estamos nos falando.
Ele não fala comigo.
Pedi a separação, e ele sabe que não caberá nenhuma reconsideração.
Apesar de demonstrar ter ficado chocado com minha decisão, e de me acusar desmedidamente por não amá-lo mais, tenho certeza de que ele sabia que isso ia acontecer.
Dei sinais de alerta por longo tempo.
Pedi socorro velado.
Falei claramente que estava por um fio. E por um fio, continuou. E continuou...
Hoje, o teto ainda é compartilhado por nós, a cama não mais.
Com a recusa dele em conversar civilizadamente à respeito, não consegui ainda colocar as questões práticas em pauta.
Meu corpo dói, tamanho o estresse que tenho passado.
Que este silêncio dele seja aproveitado para que suas idéias sejam colocadas em ordem.
Só mais uns dias e irei ao advogado.
Honestamente, nem sei por onde começar.